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quarta-feira, 25 de julho de 2012

Apelidos dos FNMs

Bom dia, hoje quem sabe, é o dia mais importante do ano, o dia do colono e do motorista!!!
A festa aqui já foi, já teve desfile, já fui desfilar e hoje vamos postar algo a respeito.
Os colonos, nós, no interior hoje em dia se vive igual da cidade, em termos de tecnologia e conforto, mas como inconveniente é a distancia até a farmácia, o hospital, o mercado, o posto de combustíveis, geralmente tudo fica um bocado distante.
Outro aspecto fundamental do interior é que tem o lado bom de não ter hora pra trabalhar e o lado péssimo dessa mesma situação. O bom é que tu tá dormindo num dia de chuva como hoje e fica lá tranquilão até que ela para ou acalma, ou se tu quiser voltar antes da lavoura tu volta, na praia tu vai quando quiser...
Mas o lado péssimo é que começou a safra da uva por exemplo, o dia começa as 6 e termina as 7 da noite, no plantio e colheita da cebola, são raros os Sábados e Domingos, mas enfim só a tranquilidade dessa vida paga todos esses inconvenientes.
Os caminhoneiros, eu sempre quis ser um, mas em um país com cada vez mais congestionamentos, fica difícil. Parando pra pensar, que lei é essa que proíbe os caminhões de circulares em horários específicos para evitar congestionamentos??
Baita BURRICE, pois eles são os únicos que estão na estrada para trabalhar, os outros estão para ir passear, se divertir, gastar pneu, sei lá o que eles estão fazendo, sim, alguns veículos menores estão lá a trabalho também, ou voltando ou indo até ele.
Se formos pensar, da hora A até a hora B proibir a circulação de caminhões, não resolve nada pois na hora D que eles forem liberados as filas serão enormes e as condições dessa espera pela liberação do trecho, os caras terem que dormir na beira da rodovia sem segurança nenhuma, isso é uma vergonha, certos eles em pararem de levar combustíveis pros postos aquela vez, teriam que repetir isso mais vezes. Assim as pessoas passam a dar mais valor a eles.
Então dito isso, a postagem de hoje vai a um tipo de caminhão espacial, os FNM, quem quiser pesquisar sobre a sua história e origem, vale a pena, em breve postarei aqui.
Esses caminhões não são mais produzidos a algumas décadas, mas ainda se vê algum pelas ruas e pelo mercado livre a um preço baratissímo, pois pelo ano e conservação é uma obrigação o valor baixo deles.
A postagem de hoje, foi escrita por um "alfeiro" que ainda possui FNM restaurados, detalhe, por ele próprio. Então com o link daqui: link vamos a postagem de hoje, um feliz dia pra nós e até mais.



Apelidos dos FNMs
Por Miklos G. Stammer.


a) “Apelidos” do caminhão FNM :


Alfa ( ou “Arfa” ) – no sul do país.

Barriga D’Água – Os fenemês fabricados em 1958, cujo motor apresentava vazamento de água no bloco.

Bi-ta-tá – na Bahia, devido ao seu ronco inconfundível.

Brasa ou Churrasqueira – principalmente os modelos até 1957, no norte do país (diziam que os seus motoristas tinham sempre os pêlos das pernas queimados pelo calor do motor – principalmente na época dos D-9.500).

Dois Salários – por causa das 2 alavancas no painel: reduzida e freio montanha, e depois, nos D-11.000, só da reduzida + câmbio.

Fênêmê / Fenemê

João Bobo – Pois “vai e volta sem parar” ( = é confiável; este foi um dos epítetos mais conhecidos), ou porque “carrega tudo o que lhe põem em cima”.

Pau Velho – os D-9.500, depois que lançaram o D-11.000.

Suruanã (tartaruga verde) – os com cabine Brasinca pintada de verde 2 tons, também chamados de Urutú, (cobra dessa cor).

Boca-de-Bagre – o 2º tipo de Brasinca, devido ao formato de sua grade frontal.

Sapão – Os que tinham cabine Metro.

Televisão – Os com cabine tipo 180, por causa do formato da sua grade frontal.


b) Sigla


A sigla da Fábrica Nacional de Motores era preenchida assim por alguns (jocosamente):


Fábrica de Notas de Mil

Feliz Natal Manoel

Fiquei Na Merda

Feio, Nojento e Mole

Fé No Motorista

Ferro No Motorista

Fumo No Motorista

Fumo no Norte é Mato (por serem fumacentos)

Favor Não Mexer


c) Diversos (curiosidades):


Frase de propaganda muito divulgada nos anos 50: “O Brasil produz e o caminhão fenemê conduz”.

Expressão popular entre os caminhoneiros: “FNM não tem idade” (só depende de boa manutenção, pois é naturalmente confiável e durável).

No início dos anos 60 existia no Rio de Janeiro a “Rádio FeNeMê”.

Dizia-se na época que “alfeiro de verdade não deixa a porta bater na bunda quando sobe na cabine”.

Em 1968, os FNMs representavam 61% do mercado brasileiro de caminhões pesados;

Em 1972, os FNMs representavam 64% do mercado brasileiro de caminhões pesados;

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